If you've been following my words, thanks a lot. I really appreciated writing Historias da Lawrence University and I definitely learned a lot. Now let me introduce you to my new blog: Rebecca Carvalho. I hope I'll see you there.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Capitulo 20 - Carnaval nos Estados Unidos


Por conta de pessoas como a Marina eu continuo escrevendo. Ela eh uma dessas parentes da familia Jovens Embaixadores que, por uma gentileza real, para a ler tudo o que escrevo por aqui. E de onde vem tanta paciencia para me ouvir relatar todas as historias sobre as araras do zoologico de Madison; os trolls no corredor do subsolo do Ormsby Hall; o primeiro dia de neve...? Eu nao sei - mas agradeco o carinho e o reconhecimento. Portanto, Marina, continuarei escrevendo. Obrigada!




E qual eh a novidade de hoje?

Eh Carnaval na Lawrence! Ou melhor... eh Mardi Gras. Na semana passada chegaram colares de contas coloridas pelos correios. Quando entrei no quarto certo dia apos uma aula encontrei dois colares: Um verde e um rosa - ou seja, um para mim e outro para a minha colega de quarto, Britta. Qual eh a minha cor preferida..?! Sim, eh claro que fiquei com o verde, e em vez de usa-lo como colar encontrei outro uso para ele: Enrolado no meu pulso direito tornou-se uma boa pulseira, acredite ou nao.


A noite, por volta das 9:30, fui para o predio Memorial Union curiosa para entender como o Carnaval era comemorado nos Estados Unidos. Segui com tres camadas de vestes, e o cachecol bem proximo ao pescoco, pois embora a Primavera esteja se aproximando parece que o Inverno eh o unico que ainda nao sabe disso.


Ao entrar no Memorial Union os meus timpanos foram surpreendidos pelo som incomum de uma banda tocando num salao que chamamos de Riverview Lounge (e ele realmente tem vista para o rio Fox), de onde normalmente se escuta o ritmo [para mim inconfundivel] de um estilo musical chamado swing. Ao longo do corredor duas mesa repletas de alunos veteranos vestindo camisas amarelas na qual se lia "Mardi Gras". Numa delas estavam vendendo (?) colares de todas os tipos - porque aparentemente eles sao altamente necessarios caso voce decida celebrar o Mardi Gras (...e eu que transformei o meu em pulseira...). Noutra mesa li "Margaritas", e achei extremamente confuso o fato de estarem vendendo bebidas alcoolicas - mas no fundo acho que era apenas uma versao nao-alcoolica, ja que nao havia ninguem checando identidades.


Atravessei o portal do Riverview Lounge, repleto de fitas brilhantes coloridas, e que para o meu espanto transformara-se num verdadeiro cassino. Jogos de cartas, e outras formas de aposta de toda sorte - embora nao houvesse ninguem apostando nada, apenas testando a propria sorte. Logo adiante uma banda inteira de senhores vestidos de vermelho em branco. Olhei ao redor pensando "Entao eh assim que eles celebram o Carnaval por aqui...?". Por um segundo troquei as mesas, onde aqui e ali identificava-se um garoto vestido de mulher (...?!), por um bom ritmo de percussao e gente fazendo passos de frevo e samba.


Um pouco desapontada (e ligeiramente gripada) decidi voltar para o dormitorio. Uma plaquinha indicava que a comemoracao seguia no subsolo: Pinturas Faciais / Casamentos / Cartomante. Desci as escadas e a primeira coisa que vi foi um colega da classe de Arabe II se casando com a namorada diante de um altar conduzido por alunos - as aliancas que ambos receberam foram aneis com um confeito vermelho na ponta em formato de coracao. Ate ganharam um certificado oficializando a data.


Seguindo a direita havia uma banda de jazz tocando para umas poucas pessoas sentadas em mesas redondas e colorindo mascaras. Reconheci a maioria como garotas que moram no mesmo andar que eu no Ormsby Hall. Ninguem estava muito interessado na banda - porem, verdade seja dita, ate que eles eram muito bons!


Segui a esquerda e encontrei uma sala de estar com uma mesa de sinuca - porem, mais interessante, encontrei uma mesa redonda na qual um rapaz metido em vestes de mago fazia previsoes com cartas. Estava usando uma marcara negra, e de qualquer modo nao reconheci-lhe a voz - mas devia ser um aluno da Lawrence com um certo conhecimento sobre a arte de ler o futuro em cartas. Sentei-me num sofa diante dele, observando como conduzia a leitura - ele olhou para mim e eu sustentei o olhar. "Vamos ver se voce sabe o que esta fazendo ou nao" - nao pude deixar de pensar, e receio que ele tenha lido os meus pensamentos.


Com o tempo deixei de incomodar o cartomante com o meu olhar fixo, e permiti-me pensar em outras coisas. Lembrei do Michael me dizendo que em Madison ele escutara que na State Street um dos bares estava planejando uma tematica brasileira para o Mardi Gras - lamentei com os meus botoes que eu nao pudesse ir ate ele, ou que ele nao estivesse em Appleton para ver que tinhamos ate um cartomante!


Deixei a sala do cartomante me sentindo ligeiramente febril, e retornei ao dormitorio. Os sintomas da gripe vao e voltam, e eu sigo com a vida normalmente porque nao posso simplesmente enterrar-me na cama ate que esteja totalmente melhor. Pergunto-me, no entanto, o que o cartomante teria me dito caso eu tivesse me submetido a sua consulta...


...nunca saberei.

2 comentários:

  1. eu teria uma sugestão para o cartomante... rs

    beijo becca
    [humpf.. eu tbm leio viu?]

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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