If you've been following my words, thanks a lot. I really appreciated writing Historias da Lawrence University and I definitely learned a lot. Now let me introduce you to my new blog: Rebecca Carvalho. I hope I'll see you there.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Capitulo 32 - Recife and Wisconsin, Together.


When you are an international student what is the best thing that could happen? Well, now that I think about this question I can actually make a gigantic list of wonderful things that [international] students want to happen in their lives... However, let's just pretend there's only ONE amazing thing we're always expecting to find: some kind of representation from home even when we are far away.

Even the most independent traveler would agree that deep in his heart it's always comforting to find the flag of his country, a restaurant or random stores selling goods from his culture, during his trips. If this traveler is lucky enough to meet compatriots, it certainly means a 5-minute celebration of his heritage with people who back at home would be, ironically, mere strangers.

Today when I went to my Rationality of Terrorism class I was surprised to find a guy wearing a shirt from Recife, my homeland. He was giving his opinion on the chapters we started studying this week, and I must confess I totally lost track of what he was explaining, and focused all my attention on the picture of a shark on his shirt. For a second Recife and all its culture and inside jokes came to Appleton, this freezing small town in Wisconsin. The shark was saying "Te pego na volta!", which means "I'll get you when you come back!". Even if you understand Portuguese, and you're not a person from Recife, it would be hard to figure out why a shark would be saying that to someone who had visited [specifically] Recife.

Back at home we started having serious problems with shark attacks, and whoever visits Recife gets scared when finding those lovely sharks warning signs along the coast of some of our main beaches. Some [stupid] courageous people challenge those signs, go swimming, and lose a leg, or maybe an arm, to our hungry sharks. One needs to be very 'tough' to visit Recife, actually, and if you're a tourist nothing better than a "I've visited Recife and survived" type of shirt that my fellow classmate was wearing to prove his superior courage to everyone else.

I was very glad to find someone bringing Recife to my class, which made my day. I even talked with that boy, who at another circumstance would just [or PROBABLY NOT] look at me, smile with his eyes, and recognize that at some point in his Lawrence life I took a Government class with him. This type of recognition actually goes both ways. But now everything will be different, because we both know the meaning of the shirt he was wearing, and even if after today we don't find more reasons to talk with each other, we will always share the same cultural knowledge: if you ever visit Recife, READ THE SIGNS!

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Thank You, Miep!


"It seems as if we're never far from Miep's thoughts"
(Anne Frank)

Today when I checked the news I was surprised to find out that Miep Gies passed away today, January 11, at the age of 100. Born in Vienna, Miep moved to Amsterdam, where she met Otto Frank and started working at Opekta, Otto's company.

Miep was a great friend of the Franks, and helped hide them from the Gestapo and the SS officers when her friends were threatened to be sent to concentration camps. She was one of the angels who visited them regularly in the "Secret Annex" bringing groceries; clothes; and, above all, hope in better days.

When the Franks were found hiding and were sent to Westerbork, Miep saved Anne Frank's diaries and, without reading them, kept them safe to be given back to Anne the day she returned. Anne, unfortunately, perished in Bergen-Belsen. When Otto came back to Amsterdam, the only one of his family who had survived, Miep presented Anne's diaries to him.

Thank you very much, Miep. Thank you for your generosity and unconditional love. Thank you for being this fair, kind, extraordinary human being, who broke every barrier of prejudice and saw people's hearts. God bless you, and I pray that He will keep your name fresh and strong reminding mankind that we must do our best to maintain this world a just and peaceful place.

domingo, 10 de janeiro de 2010

Capitulo 31 - Uma ou Duas Licoes Sobre Seguranca Pessoal


Nao importa o local, seja la onde voce morar sempre ouvira: mantenha sua porta trancada, por via das duvidas. A licao vale mesmo para as cidades mais seguras, e as instituicoes mais socialmente conscientes, porque existem dias ruins que modificam as mentes mais puras, e tambem imprevistos casos de cleptomania.

Se a minha missao como jornalista eh alertar e influenciar positivamente, o farei. Dessa vez falo por experiencia propria, ignorando nomes e datas deliberadamente. Espero sinceramente que voce leia a seguinte historia, e tire suas proprias conclusoes com a mentalidade esperada de alguem que sabe discernir entre o que eh certo ou errado, ou o que eh inconveniente e o que nao eh.

Como brasileira, se voce me permite o justo uso da minha nacionalidade, de uma cidade grande aprendi a nao confiar em ninguem nem em circunstancias. Aprendi a observar mais, ouvir mais, e falar o necessario dependendo do quao confortavel a situacao era para mim. Fechando-me em mim mesma, segui a mesma regra para minha vida social: olhos sempre abertos, mochilas sempre comigo, portas trancadas mesmo que eu estivesse deixando o ambiente apenas por uns poucos segundos. Talvez eu seja medrosa, mesmo -- mas a minha seguranca eh um bem que cultivo cuidadosamente como um floricultor perfeccionista.

Outro dia estava eu sentada a minha escrivaninha, ja tarde da noite, os fones de ouvido abafando a maioria dos sons externos. Minha mesa, que antes estava na parte sul do meu quarto, virada para a janela, teve que ser mudada para o norte por conta da fiacao da internet, e gracas ao Michael, que empurrou moveis para la e para ca, agora estudo ao lado da minha porta. Se eu tivesse visao de raio-X viria o corredor e os residentes passando ocasionalmente aos seus quartos, seguindo para as aulas, ou simplesmente visitando uns aos outros.

Em determinado momento ouvi sons do lado de fora, mas nao pude discernir o que falavam. Para a minha surpresa, no entanto, vi a porta estremecer como se alguem nela estivesse se apoiando. O meu cerebro parou de ouvir a musica que eu escutava, e a minha total atencao focou na macaneta da porta, que mexeu seguidamente em tentativas frustradas pois, como sempre, eu trazia o meu quarto trancado. Nesses momentos parece que os pensamentos fogem para longe, porque o organismo se prepara principalmente para respostas instintivas; mas assim que o peso sobre a porta afastou-se ruidosamente, meu primeiro pensamento foi:

"Oh my God!!! Paranormal Activity... Zombieland... The Sixth Sense...!!!" -- eu altamente recomendo os filmes citados, os dois primeiros assisti durante o meu winter break e deixou minha imaginacao extremamente agucada.

Quando eu finalmente lembrei que Miss Havisham (o fantasma de uma ex-aluna da Lawrence University) mora no sotao do Ormsby Hall e nao teria razoes para vir assombrar os residentes do Trever Hall, levantei-me da minha cadeira. Ataques de zumbis tambem era uma opcao bastante improvavel, e mesmo com o coracao na mao, abri a porta com ares de quem desafiava seja la quem houvesse tentado abrir meu quarto sem permissao. Erro #1: Eu nao espiei pelo olho magico, o que teria me dado a opcao de (1) enxergar a mascara do Panico parada diante da minha porta; (2) visto um outro olho me espiando de volta; (3) qualquer outra alternativa que voce achar mais assustadora. Erro #2: Quem disse que eu estava em condicoes de desafiar alguem? Todas as tentativas do Michael em me ensinar defesa pessoal mostraram-se frustradas diante da minha pouca tecnica e vulnerabilidade.

Olhei para os dois lados do comprido corredor onde moro, e estavam vazios. Antes que mais fantasmas pudessem vir assombrar minha imaginacao, percebi que uma das portas um pouco adiante estava aberta. Seja la quem houvesse tentado abrir a minha porta, devia ter feito o mesmo com aquele outro quarto. Minhas suspeitavas foram comprovadas: Uma garota fora de si, bebada, encontrara a primeira porta destrancada e entrara no quarto achando ser o seu. Os amigos dela, sobrios, a alertavam de que ali nao era o seu quarto, e no escuro a puchavam do beliche para o qual ela tentava subir. Sorte a dela que os amigos estavam por perto, nao acham?

Como residence advisor do predio a segui por mais alguns minutos observando a serie de encrencas em que ela se meteu por nao saber discernir o mundo em que estava. Finalmente ela foi encaminhada ao proprio quarto, e os amigos ficaram de plantao esperando que ela adormecesse. Novamente, sorte a dela que os amigos estavam por perto. Eu consigo imaginar uma serie de problemas caso ela estivesse sozinha... e voce? Sorte, tambem, de quem mantem a porta trancada.

Eu acho que dessa historia todos podemos aprender importantes licoes: saiba controlar o quanto bebe; e, por via das duvidas, mantenha a porta trancada, afinal de contas nunca se sabe quem pode tentar entrar no seu quarto no meio da noite.

domingo, 3 de janeiro de 2010

Capitulo 30 - Faz Frio em Appleton

Ola, feliz Ano Novo!

Ja estou de volta a Lawrence University apos ferias de inverno bastante razoaveis. Como nao fiquei no campus, como voces sabem, estive visitando algumas cidades aqui nos Estados Unidos, e nem sequer ousei desfazer as malas. Em todos os momentos estava eu pronta para mais uma aventura.

Gostaria de agradecer aos Kozak, minha friendship family, que me acolheu a maior parte do tempo na fazenda deles em Black Creek, e tambem me proporcionaram duas viagens memoraveis a Chicago. Eu vi a antiga Sears Tower, mas o que mais me impressionou foi avistar o predio do Chicago Tribune..!

Tambem foi muito legal passar a virada do ano com o Michael e o Jake. Ganhei um cheesecake do Eli's Cheesecake World; o Michael ganhou uma apple pie da mae dele; entao passamos o final do ano comendo doces. Brindamos com agua, filmei os meninos brincando com fogos, e assisti 500 Days of Summer no cinema!!

Ontem retornei a Appleton, e o Michael e eu nos surpreendemos com o frio terrivel que esta fazendo aqui. Para dormir, fora tres camadas de lencois, tive que me cobrir com meus casacos. Faz frio em Appleton, e amanha comecam as minhas aulas. O Winter Term promete grandes novidades... contarei tudo a voces em breve!